• Google e o Mobile First
Google e o Mobile First
Por muito e muito tempo, anunciamos aqui a expansão e o crescimento do mobile perante a internet, nos motores de busca e também no e-commerce. O tempo demonstrou o quão correto estávamos e agora é hora de perguntar: com o aumento do mobile, seu e-commerce está pronto para atender os compradores via dispositivos móveis?
Se não está, passou da hora de se preparar porque o receio inicial dos brasileiros em utilizar os dispositivos mobile para compras diminui a cada dia e esse é o público que devemos priorizar de agora em diante para vencer no competitivo mercado do comércio eletrônico.
Percebendo às mudanças e consciente da necessidade em oferecer a melhor experiência aos seus usuários, o Google, a gigante da internet, decidir aplicar algumas mudanças bruscas em seu algoritmo de classificação de sites, com um sistema de ranqueamento feito unicamente para as buscas feitas em aparelhos móveis chamado “Mobile First index”.
O que é o Mobile First?
O Mobile First significa que para uma boa classificação no ranking do Google será preciso ter um site, blog ou loja virtual ‘friendly’ à navegação e com boa performance mobile.
No Brasil, tal transição pode ser mais complicada do que lá fora, pois aqui muitas das plataformas mais usadas no ramo não possuem boa performance ou uma versão verdadeiramente “mobile”.
Com isso, essa mudança para o mobile tem potencial para enormes alterações nos mecanismos de buscas.
Para evitar que o mal aconteça a sua loja virtual, é importante saber as principais questões relacionados as mudanças do Google e agir de acordo.
O que muda, de imediato, com o padrão “Mobile first index”?
Em síntese, o que muda é que antes o Google rastreava a web a partir do ponto de vista de um navegador (browser) desktop, e agora o Google está mudando isso para rastrear a web a partir do ponto de vista de um browser mobile.
Mudanças no ranking do Google em larga escala?
Segundo Gary Illyes (a sua direita na foto) e Paul Haahr (porta-vozes do Google) ainda é muito cedo para previsões, porém a intenção é que a mudança não seja tão drástica.
E se meu site ou a minha loja virtual não tiver um site mobile?
Simples, seu site ficará para trás. Não há outra resposta. Se o seu site não for responsivo, ou seja, mobile friendly, não estará plenamente otimizado para o algoritmo do Google que agora privilegia o mobile.
Menos conteúdo na versão mobile é motivo para me preocupar?
Claro, o Google já deixou bem claro que o mobile será a prioridade, assim sendo, tudo que ele avalia hoje para determinar um site otimizado ou não no desktop, será feito no mobile, então trate de caprichar no conteúdo do mobile.
E quanto ao conteúdo expansível?
Enquanto para desktop o conteúdo expansível não tinha tanto peso, agora isso vai mudar, e o conteúdo terá mais peso na versão mobile, já que o conteúdo expansível faz mais sentido no celular e do quê no desktop, ao oferecer uma experiência mais completa de navegação para os usuários.
Quando isso vai começar de verdade?
Na prática, já começou, mas de maneira gradual para que todos tenham tempo de se adaptar. O Google, inclusive, já está testando isso em alguns usuários, e se tudo correr bem, esperam implantar isso antes do esperado e disponibilizar para mais usuários.
Como posso testar se o Google já está indexando as minhas páginas mobile?
O jeito mais fácil de verificar isso é usar a ferramenta do Google Search console, indo em Rastreamento > Buscar como Google, e selecionar a versão de pesquisa mobile.
O meu site responsivo determinará o meu posicionamento no Google?
Sim, mas não imediatamente. Mas o Google já avisou que o algoritmo irá priorizar o mobile, ou seja, a “visão” de seu site mobile irá determinar, muito em breve, seu posicionamento nas primeiras páginas, ou não, do Google. Portanto, trate de caprichar na versão mobile (H1, conteúdo, layout, etc), exatamente como faz com a versão desktop.
Há “index” diferentes para celular e desktop?
O planejamento do Google é ter um único “index” para o conteúdo mobile servindo anúncios para usuários móveis e desktop. Enquanto isso, duas versões (desktop-first e mobile-first) serão mantidas.
Ao que parece, cada vez, o Google quer deixar somente o Mobile first index como motor padrão de pesquisa, conforme mencionado em seu próprio site. Paul Haahr do Google reiterou isso dizendo que manter dois tipos de “index” (um para mobile e outro para desktop) definitivamente não acontecerá.
Links e rankings podem mudar por causa disso?
Essa é uma preocupação, a de que o conteúdo mobile tenha menos links do que o conteúdo desktop, em algo parecido com o início dos aparelhos móveis, e com os celulares menores que ainda circulam e não aptos a receber a mesma potência de conteúdo que o desktop.
Tal preocupação é forte, porque os resultados de pesquisa do Google são muito dependentes de links e conteúdo. A preocupação existe, mas não há uma resposta 100% concreta para isso no momento.
O Google afirma que eles ainda estão testando isso, então nada de resposta certa por enquanto.
Gary Illyes disse: “Eu não quero dizer nada definitivo sobre os links ainda. É muito cedo para isso porque as coisas ainda estão se desenrolando. ”
E quanto aos “Canonicals”? Alguma alteração será necessária?
Com poucos fãs no meio, as “Canonicals” são consideradas algumas das maiores revoluções desde a implementação dos sitemaps. A canonical tag apareceu nos motores de busca no ano de 2009 e desde aquele período, auxilia evitar que conteúdo duplicado seja indexado pelos algoritmos.
O Google disse que os “canonicals” não necessitarão de alterações, podendo apenas manter suas “canonicals tags” exatamente como estão.
Já é possível perceber a mudança nas buscas do Google?
De acordo com o Google, ainda não é o momento ao qual veremos o impacto do Mobile first index. Aliás, o Google aguarda um impacto pequeno nessa etapa do processo.
Paul Haahr disse: “Eu ficaria muito surpreso em detectar quaisquer efeitos de Mobile first index nesta fase”.
O que vem a seguir?
Para os próximos capítulos, o Google deseja incluir, muito em breve, o Pageload (velocidade de carregamento da página) no seu site mobile como um dos fatores de relevância para o ranqueamento em seu motor de buscas.
Todas essas mudanças servem como confirmação de que a prioridade para o Google ainda é a funcionalidade e performance somada a relevância do conteúdo, seja no desktop, seja no mobile.