Anúncios “invasivos” possuem maior rejeição

Anúncios “invasivos” possuem maior rejeição

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Não é novidade que a publicidade atual, especialmente aquela veiculada no ambiente digital, tem desenvolvido meios para ser mais “parceira” do usuário, como o marketing de conteúdo, os e-mails marketing com permissão, as newsletters, entre outros. Por meio de diversas estratégias de segmentação, a ideia é sempre impactar que tem um potencial interesse naquilo que está sendo divulgado.

No entanto, essa postura não é uma regra. Ainda há quem insista naquela publicidade “invasiva” que interrompe a rotina do usuário com um conteúdo puramente comercial, que, na maioria das vezes, não desperta o menor interesse no indivíduo impactado.

Fatores de rejeição

Segundo a CBA (Coalition For Better Ads), uma organização internacional criada com o objetivo de promover melhores experiências em publicidade para os usuários, há formatos, tanto em desktop quanto em mobile, que são considerados intrusivos. Para receberem essa classificação, os anúncios são prejudiciais às experiências dos usuários por diversos motivos: bloqueiam o conteúdo que estava sendo consumido, tornam a navegação mais lenta, ou simplesmente não possuem a menor relevância no contexto em que foram inseridas.

Além disso, o consumidor está cada vez mais exigente. Por isso, anúncios que prometem aquilo que seus produtos ou serviços não são capazes de cumprir são facilmente detectáveis. É preciso manter um compromisso com a realidade.

Como combater essa rejeição?

Num universo de anúncios inadequados e irritantes, se dá bem quem está atento às principais tendências em comunicação. Hoje em dia, muito mais do que divulgar ou persuadir as pessoas para a compra, é preciso oferecer algo em troca. É necessário levar informação de qualidade, educar, emocionar e divertir, sempre que possível.

Além disso, é preciso se destacar num mar de concorrentes. As mídias atuais incluem tecnologias modernas e passam por constantes renovações. Quem não acompanha esse tipo de atualizações perde oportunidades valiosas e permanece estático, sem crescer e sem perceber que novas estratégias de comunicação surgem a cada instante.

Pressão constante

Profissionais da área defendem que a popularização dos anúncios intrusivos é resultado de uma combinação de dois fatores: a falta de conhecimento sobre novas técnicas de comunicação e a pressão constante e imediata por resultados de vendas. Isso levou empresas à insistência e à impertinência, esquecendo-se do aspecto emocional da comunicação.

Personalização

Hoje em dia, as empresas devem encarar a publicidade não como um meio de satisfazer as suas próprias demandas, mas como uma maneira de fazer com que as pessoas percebem que precisam de algo que ainda não possuem. Isso deve ser feito com base num estudo aprofundado do público-alvo, considerando seu estilo de vida, suas expectativas, seu contexto sociocultural, entre outros. Isso leva a uma importante tendência, que é a entrega de mensagens não só segmentadas, como, inclusive, personalizadas.

Honestidade

Por fim, é preciso que as marcas joguem limpo. A era atual é marcada por consumidores inteligentes e que, na maioria das vezes, escolhem o conteúdo que desejam consumir. Por isso, a relevância e a novidade na publicidade são uma necessidade maior do que nunca para conseguir atrair a atenção das pessoas. Além disso, a veiculação de qualquer informação inverídica pode facilmente destruir a reputação e uma empresa, já que o consumidor tem voz e vez, seja por meio das redes sociais ou de sites especializados em reclamações contra empresas.

A comunicação precisa ser vista na atualidade como uma via de mão dupla, que deve ser benéfica aos dois lados envolvidos: desenvolver os negócios das empresas e oferecer algum conteúdo informativo ou cativante que atraia o consumidor e o ajude a encontrar a solução para seus problemas.

Missão impossível? Não para quem estiver disposto a conhecer bem o público e sua jornada de compra. Com conhecimento e atenção às novidades que surgem, os formatos invasivos podem ceder lugar a uma comunicação mais construtiva, engajadora e eficaz.

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