Detalhes do filtro de anúncios do Google

Detalhes do filtro de anúncios do Google

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O Google anunciou na última quinta-feira, 1º de junho, o lançamento de uma ferramenta no navegador Google Chrome que permitirá o boqueio de anúncios considerados indesejáveis ou irritantes. Trata-se de um dispositivo pré-instalado que também fornecerá aos anunciantes um relatório classificando seus anúncios e atribuindo-lhes notas. Os anunciantes poderão fazer com que os usuários decidam classificar os sites como “liberados”, considerando os seus anúncios aceitáveis, ou pagar uma taxa para que os anúncios considerados indesejáveis em determinados sites não sejam exibidos.

O Chrome é o navegador mais popular, tanto no desktop quanto no mobile. Não é novidade que o Google vem adotando políticas de combate à publicidade de conteúdo inadequado ou enganoso. A empresa já havia mencionado a criação de uma ferramenta do tipo em abril, mas esta só deverá ser posta em prática efetivamente no ano que vem. A ideia é evitar que os usuários se irritem com anúncios de baixa qualidade.

Ad-blocker x Filtro de anúncios

Segundo a empresa, os ad-blockers não diferenciam esses anúncios irritantes de outros anunciantes que são capazes de desenvolver conteúdo publicitário de qualidade, o que faz com que todos sejam igualmente punidos. Como não é essa a ideia do Google, a empresa tem chamado seu dispositivo de “filtro de anúncios”, para punir apenas aqueles sejam, de fato, detestados pelos consumidores. Dentro deste tipo, destacam-se: pop-ups, anúncios que aparecem rapidamente, mudam de cor ou que forçam os usuários a esperarem algum tempo para que possam acessar o conteúdo da página.

A iniciativa de implementação da ferramenta é da Coalition for Better Ads (que inclui Google, Facebook, Unilever, P&G, entre outros). Seu objetivo é evitar que a publicidade se torne algo irritante, melhorando a qualidade dos anúncios, e identificando quais formatos têm maior rejeição. Um estudo realizado na Europa e nos Estados Unidos, avaliando anúncios em desktop e em mobile, já forneceu ao Google os primeiros resultados sobre esses formatos irritantes.

Pensamento estratégico

O Google também se preocupa com a popularização de ad-blockers no desktop, onde as taxas de adoção já atingem 18%. No mobile, a situação ainda é mais tranquila, havendo apenas 1% de adoção. O filtro do Google seria uma alternativa menos radical e mais estratégica, contribuindo para a criação de um ambiente mais estável.

Quando os anunciantes cobrarem pelo acesso ao conteúdo sem nenhum tipo de anúncio, as taxas serão pagas pelos usuários por meio de suas contas no Google Play. Essa opção se chamará “Funding Choices” e não tem o objetivo de punir ninguém, apenas de dar opções ao consumidor, mostrar a importância do conteúdo publicitário na web e compensar o anunciante.

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