• 88% revelam dados em troca de ofertas exclusivas
88% revelam dados em troca de ofertas exclusivas
Pesquisa realizada com consumidores brasileiros pela dunnhumby, líder global em ciência do consumidor, mostrou que 88% dos entrevistados estão dispostos a compartilharem seus dados pessoais com as empresas em troca de descontos e ofertas exclusivas. A pesquisa também apontou que 77% também compartilhariam dados em troca de pontos em programas de fidelidade.
Ao que parece, o temor dos brasileiros em relação à internet está, finalmente, arrefecendo.
Os resultados demonstram que, nos últimos três anos, houve um aumento significativo no número de brasileiros dispostos a compartilhar seus dados com empresas mediante benefícios como descontos, ofertas e personalização do serviço.
Na comparação com pesquisa passada, com 3.900 consumidores brasileiros realizada em 2013 pela Coleman Parkes, apenas 39% declararam ter interesse em disponibilizar dados em troca de ofertas exclusivas e 38% compartilhariam dados para receber recompensas em programas de fidelidade. O aumento para o e-commerce é exponencial, mas não vem de graça.
Qualidade no atendimento e opções
Deveria ser mais do que sabido, pois isso já ocorre no mercado físico há muitos anos, mas parece que os preços, normalmente, mais convidativos da internet fizeram as empresas acreditarem que isso seria suficiente para conquistar os dados de consumo dos brasileiros.
Nada disso. O consumidor quer mais do que benefícios financeiros. De acordo com a dunnhumby, 69% também cederiam seus dados para receber informações e novidades sobre os produtos e serviços de que o cliente gosta e 65% se interessam por sugestões de produtos baseadas em seu gosto pessoal.
Não é o consumidor atual que sabe o valor de seus dados, são os consumidores de muito tempo já. É só lembrar como sempre foi difícil conseguir uma pessoa para assinar um cadastro em uma loja ou supermercado. Claro, é uma vantagem considerável tratar de seus dados com uma pessoa frente a frente, enquanto é muito difícil dar o braço a torcer para a tela de um computador e é este o principal fator que fez da nova geração ainda mais difícil de ser conquistada.
Ele sabe do valor de seus dados de consumo e sabe que não deve dar mole para uma tela de computador, principalmente uma que exibe um site fraco, sem nenhum conteúdo atrativo-informativo, além de descontos e ofertas em seus produtos ou serviços.
Fidelidade na crise
Outro aspecto motivador para os brasileiros a compartilharem seus dados, logo atrás dos descontos e ofertas exclusivas, é a obtenção de pontos em programas de fidelidade, que interessa a 77% dos consumidores entrevistados.
Atualmente, segundo a dunnhumby, 41% dos clientes de programas de fidelidade do varejo no Brasil disseram que comprariam em outro local caso o programa da rede onde consomem fosse encerrado – o que demonstra a relevância dessas iniciativas para o brasileiro. No Reino Unido este número é de apenas 21%.
A dunnhumby estima que 30% dos lares do Brasil participam de programas de fidelidade, enquanto em mercados maduros como o Reino Unido e os Estados Unidos, as taxas chegam a 90% de penetração dos lares.
Abaixo estão os principais achados da dunnhumby sobre o tema:
As gerações apresentam níveis semelhantes de disposição a compartilhar dados, mas cada uma delas tem suas peculiaridades, como se vê na tabela abaixo:
Porcentagens de consumidores dispostos a compartilhar dados mediante diferentes tipos de vantagem:
- 41% dos clientes de programas de fidelidade do varejo no Brasil comprariam em outro local caso o programa da rede onde consomem fosse encerrado. No Reino Unido este número é de apenas 21%.
- 69% cederiam seus dados para receber informações e novidades sobre os produtos e serviços de que o cliente gosta;
- Atualmente, 88% dos consumidores brasileiros estão dispostos a compartilhar seus dados com empresas para receber descontos e ofertas exclusivas (aumento de 49% com relação a 2013);
- 77% também estão dispostos a compartilhar seus dados com empresas em troca de pontos em programas de fidelidade (aumento de 39% com relação a 2013);
- 65% se interessam por sugestões de produtos baseadas em seu gosto pessoal;
- Somente 30% dos lares brasileiros participam de programas de fidelidade. Em mercados maduros como os Estados Unidos e o Reino Unido, as taxas chegam a 90% de penetração.