Facebook supera estimativas e tem 2,7 bilhões de usuários ativos mensais

Segundo os relatórios financeiros do segundo trimestre, o Facebook contrariou a opinião do mundo e dos estatísticos que estavam supondo que a plataforma estava morta. O gigante das redes sociais superou as estimativas do trimestre e, com US $ 18,69 bilhões em receita, mostrou que ainda está bem vivo e, não só isso, tem se fortalecido em toda a pandemia do COVID-19. Agora, o Facebook tem 2,7 bilhões de usuários ativos mensais.

Facebook tem 2,7 bilhões de usuários ativos mensais, mas junto com outras plataformas soma mais de 3,1 bilhões de pessoas

Ainda que os resultados revelem que somente o Facebook tem 2,7 bilhões de usuários ativos mensais, a empresa do Mark Zuckerberg ainda é dona do WhatsApp, Messenger e Instagram. E, ao todo, possui mais de 3,14 bilhões de usuários ativos mensais, combinados em todas as suas plataformas. Segundo o CEO, a receita aumentou 11% e, com esses números expressivos, o preço das ações da rede social também subiu nas negociações. Graças a esse crescimento, a empresa ganhou US$ 1,80 por ação, o que representa um aumento de 98% em relação ao ano anterior.

As informações divulgadas pelos relatórios financeiros superaram as estimativas dos analistas de receita trimestral, reveladas pela empresa de dados de mercado Refinitive, que previa que o Facebook reportaria ganhos trimestrais de 1,39 dólares por ação e receita de 17,4 bilhões de dólares.

Pandemia do COVID-19 pode ter ajudado o Facebook a superar as estimativas

Com as regras de quarentena e isolamento social que surgiram por conta da pandemia do COVID-19, houve tanto um aumento da quantidade de pessoas que ficaram em casa mexendo no celular, computador e outros dispositivos, como na quantidade de empresas investindo em ferramentas de publicidade digital para aumentar o tráfego online, mesmo cortando o orçamento de marketing em outros lugares.

Dito isso, fica mais fácil compreender como esse cenário atual pode ter ajudado o Facebook a alcançar a marca de 2,7 bilhões de usuários ativos mensais, à frente das estimativas de 2,6 bilhões, e ter um aumento significativo na receita.

As redes sociais forneceram para as empresas as ferramentas e recursos necessários para crescer e ter sucesso online nesses tempos difíceis. Inclusive, as vendas de anúncios, que contribuem com quase toda a receita do Facebook, aumentaram 10%. E, ao mesmo tempo, as pessoas utilizam essas plataformas para permanecerem conectadas umas com as outras, mesmo que não possam estar fisicamente juntas. Assim, garantindo um aumento de oportunidades de vendas para as marcas.

Escândalos e declínio do uso entre os adolescentes não foram suficientes para impedir o crescimento do Facebook

Nos últimos anos o Facebook enfrentou escândalos ao redor do mundo que variam de interferência eleitoral a violações maciças da privacidade dos usuários. Nos primeiros meses do ano passado, por exemplo, a gigante das mídias sociais teve vários incidentes importantes de privacidade, como o vazamento acidental de mais de um milhão de e-mails de usuários do Instagram. Ainda assim, esses escândalos parecem importar cada vez menos para os usuários que, junto com o número de investidores, permanecem inalterados. Inclusive, a maior rede social do mundo agora é ainda maior.

A maior parte do crescimento de usuários do Facebook é proveniente de regiões fora dos EUA, do Canadá e da Europa, embora ainda esteja crescendo o número de usuários nessas regiões. E, se você perguntar para os adolescentes, sobretudo os norte-americanos, o Facebook não é nem a sua segunda plataforma social preferida. Mas, enquanto a geração Z não acredita que a gigante seja relevante, as gerações mais velhas continuam entrando cada vez mais na rede social, tornando-a ainda mais popular.